A compra de um novo monitor, ou mesmo televisor, pode apresentar vários modelos interessantes cujas diferenças estão em especificações técnicas obscuras, como resolução, taxa de contraste, intensidade de brilho e outras.
Para não ficar perdido na hora de investir, e não correr risco de ser enganado, a lista a seguir deixa você por dentro de todas as configurações. Entenda o que medem cd/m², como é medida a taxa de contraste e qual a importância de um display com tempo de resposta mais baixo.
Resolução
A resolução da tela é, talvez, a especificação mais conhecida e fácil de compreender. O valor determina a quantidade de linhas de pixels horizontais e verticais que o monitor é capaz de exibir. Quanto mais pixels o aparelho emitir, maior é a nitidez e o nível de detalhes que o dispositivo será capaz de mostrar.
Nível de brilho
Mais um dado que deve ser observado a partir de “quanto mais melhor”. O nível de brilho determina a capacidade da tela de gerar imagens brilhantes. O problema é que essa característica é medida em unidades que costumam causar estranhamento: candelas por metro quadrado (cd/m²), ou nits, que são a mesma coisa: 1 nit é igual a 1 cd/m².
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A definição do que é uma candela é bastante técnica e cobra alguns conhecimentos de física, portanto o importante é saber que a unidade exprime a intensidade da luz gerada pela tela em razão da área: quanto mais cd/m², ou nits, maior a capacidade do monitor de iluminar um espaço.
Gama de cor
Essa especificação costuma gerar algumas dúvidas no consumidor. A princípio, muita gente acredita que quanto maior a gama, melhor a qualidade de cor exibida pelo monitor – o que não é verdade.
O conteúdo consumido hoje (fotos, vídeo e etc) é produzido em um padrão de cor chamado de sRGB, que tem seus próprios valores de gama. Se o monitor tem gama muito maior do que o sRGB, as cores serão exibidas com distorções favorecendo aspectos saturados. Se, por outro lado, a gama é inferior ao sRGB, as cores tendem a aparecer com aspecto mais “lavado”, em uma distorção que as faz mais fracas.
Em geral, displays de LCD/LED tendem a ter gama inferior ao sRGB. As telas OLED tendem a ter gama maior que o padrão. O truque, então, é buscar monitores que se aproximem o máximo possível da gama ideal do sRGB.
Tempo de resposta
Essa unidade mede o tempo que um único pixel leva para sair do branco ao preto e voltar ao branco. O ideal é buscar telas com o menor tempo de resposta possível pois valores mais altos podem apontar o risco de que ocorra o fenômeno do “ghosting”: imagens com elementos em movimento rápido deixam um rastro na tela.
Entende-se que 5 ms (milissegundos) é o mínimo para uma boa qualidade de imagem, mas monitores com tempos menores já são comuns.
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Taxa de atualização
O termo refere-se à quantidade de vezes que o monitor é capaz de atualizar uma imagem em exibição durante um segundo. Se um monitor tem taxa em 60 Hz significa que o dispositivo consegue atualizar a imagem exibida na tela até 60 vezes em um único segundo.
Quanto maior a frequência de atualização, melhor será a experiência de uso, já que o monitor criará imagens mais fluídas. As telas mais comuns são de 60 ou 120 Hz, mas já existem monitores com 240 Hz e além.
Taxa de contraste
É comum que fabricantes expressem entre as especificações de seus produtos que determinada tela tem 3000:1 de relação de contraste. Em um mundo ideal, essa razão serve para demonstrar a variação do brilho máximo que a tela produz com uma imagem completamente branca e o brilho mínimo quando a imagem é completamente escura. Por isso, o melhor contraste é aquele que estabelece a maior diferença possível entre branco e preto.
Um dos problemas que o consumidor encontra ao tentar conferir a taxa é que alguns fabricantes criaram meios próprios de medir esses valores, tornando a especificação passível de desconfiança na hora da compra.