A placa de vídeo, também conhecida como GPU, é o componente do computador que fica responsável por realizar os processos e cálculos necessários para reprodução dos gráficos gerados pelo sistema. Assim como a CPU, que significa Unidade Central de Processamento em tradução livre, GPU corresponde à Unidade de Processamento Gráfico.
Seja em um notebook ou desktop, a GPU é parte fundamental da experiência – afinal, este componente é encarregado de gerar toda a parte visual que será enviada para tela ou monitor, criando assim a interface com o usuário. Quer saber mais sobre o que é e para que serve uma placa de vídeo? No guia a seguir, o TechTudo apresenta mais detalhes que vão te ajudar a entender o papel de uma GPU no PC.
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Para que serve a placa de vídeo? Veja o guia completo
O TechTudo reuniu abaixo 10 informações importantes para você entender tudo sobre placa de vídeo. A seguir, confira os tópicos que serão abordados nesta lista.
1. Processador e placa de vídeo
O processador (CPU) é o componente mais importante em um computador, sendo a unidade central de processamento, que fica responsável por realizar todos os cálculos para o funcionamento do PC. Todo computador tem um processador – que, em muitos casos, pode ter mais de um núcleo de processamento, o que faz do CPU (processador) um multi-core.
O processador é essencial para o funcionamento do PC e o tipo de processador também pode determinar qual a melhor aplicação para cada computador. Por exemplo: enquanto um computador com um processador AMD Athlon ou Intel Pentium tende a oferecer uma experiência mais limitada, um equipamento com AMD Ryzen 5 ou Intel Core i5 pode entregar uma experiência mais avançada, sendo inclusive processadores capazes de encarar jogos modernos.
A placa de vídeo, por sua vez, pode estar integrada ao processador. Porém, nesses casos, tende a oferecer uma performance mais limitada, e entregar o mínimo para o funcionamento do sistema. Diversos processadores mais avançados não contam com uma GPU (placa de vídeo) integrada. Isso faz com que seja necessário utilizar uma placa de vídeo dedicada, ou seja, um componente à parte conectado diretamente a placa-mãe.
As placas de vídeo dedicadas contam com seus próprios processadores gráficos e módulos de memória. Assim, a GPU dedicada não compromete o desempenho do processador e da memória RAM para executar suas tarefas, uma vez que não há o compartilhamento de recursos entre eles. Além disso, uma placa de vídeo dedicada é um componente pensado para trabalhar com gráficos, por isso é a solução mais eficiente para a tarefa.
2. Placa de vídeo integrada ou dedicada
Existem basicamente dois tipos de placa de vídeo, como você pode ver a seguir. As duas têm a mesma finalidade – gerar gráficos –, mas possuem propostas diferentes.
- Placas integradas, também conhecidas como onboard;
- Placas dedicadas, também chamadas de off-board.
Na placa de vídeo dedicada, o processador gráfico tem seu próprio clock (frequência de operação), que é diferente do clock da CPU (processador), uma vez que não depende do desempenho do processador central.
3. Placa integrada ou onboard
Em uma placa integrada ou onboard, a GPU é como o nome sugere: integrada ao processador (CPU) do computador. Ela compartilha, assim, um mesmo espaço, que é chamado SoC. Além do espaço, a placa integrada compartilha recursos com o processador, usando até parte da memória RAM do sistema como sua memória de vídeo.
As placas integradas, de maneira geral, visam entregar uma performance básica. Eles oferecem o mínimo para que os usuários tenham uma interface visual no computador. Por isso, comumente uma placa onboard conta com um desempenho mais limitado. Entre as soluções disponíveis, há as UHD Graphics e Iris Xe da Intel, além das Radeon Vega e Radeon RX da AMD.
Ao utilizar uma placa integrada, o usuário também fica limitado às saídas de vídeo da placa-mãe. Como consequência, as soluções não são as melhores no que diz respeito a desempenho ou resolução.
4. Placa dedicada, off-board ou discreta
Uma placa dedicada ou off-board é um componente à parte, ou seja, possui seu próprio processador gráfico, memória e até mesmo posição na placa-mãe. Escolher uma placa dedicada é necessário, principalmente, para usuários que precisam de mais desempenho gráfico, o que é uma situação comum para quem joga no PC ou para quem utiliza softwares gráficos mais pesados, como AutoCAD, Photoshop e outros.
As placas dedicadas ou off-boards prometem oferecer mais desempenho do que as placas integradas, visto que os componentes contam com processadores dedicados à parte gráfica, além de contar com sua própria memória. Com a placa dedicada, o sistema não precisa compartilhar a memória RAM com a memória de vídeo.
5. Memória de vídeo
A memória das placas de vídeo também é diferente, utilizando padrões como GDDR5, GDDR6 ou mesmo GDDR6X, que são alguns dos mais modernos atualmente. A tecnologia promete mais velocidade e eficiência em relação às memórias RAM do padrão DDR4, por exemplo.
A memória nas placas de vídeo permite que a GPU faça o carregamento dos dados de texturas, ou seja, jogos ganham gráficos mais detalhados, por exemplo. Vale citar que, quanto mais memória, mais texturas podem ser carregadas.
6. Outros termos de interesse
Ao procurar uma placa de vídeo dedicada, termos como VRAM ou Vídeo RAM correspondem à memória de vídeo da placa – que, no caso de uma placa off-board, é independente da RAM do sistema. Atualmente, é comum encontrar placas de vídeo dedicadas com 4, 6, 8, 12 ou mesmo 16 GB de memória.
Como mencionado, a memória de vídeo em placas de vídeo dedicadas não é igual à memória RAM do sistema. Enquanto a RAM do sistema usa o padrão DDR (Double Data Rate) – atualmente DDR4 ou DDR5 –, nas placas de vídeo o padrão é o GDDR (Graphics Double Data Rate), sendo o mais atual o GDDR6. O padrão GDDR é pensado para gráficos, por isso é mais eficiente, além de ter ainda otimizações e velocidades de operação que aprimoram o desempenho.
Como a placa de vídeo é um componente separado da placa-mãe, que é alocada no slot PCIe, em uma GPU dedicada o usuário pode ter outras opções de saída de vídeo. Ou seja, ele pode contar com mais de uma saída HDMI, além de conexões DisplayPort ou mesmo USB tipo-C em modelos mais recentes. Isso faz com que seja possível utilizar mais de um monitor, além de oferecer resoluções mais altas, mais desempenho e versatilidade para o sistema.
Até pouco tempo, o mercado contava com apenas duas grandes fabricantes de placas de vídeo, sendo elas Nvidia, que é a líder do segmento; e AMD, que além de placas de vídeo também é uma conceituada fabricante de processadores. Atualmente, a Intel, que também é uma fabricante de processadores, iniciou a produção e comercialização de placas de vídeo dedicadas.
7. Como ver a placa de vídeo do PC
Antes de descobrir qual é a placa de vídeo de seu PC ou notebook, primeiramente é necessário verificar se é uma GPU integrada ou dedicada. Nos desktops, é possível observar de modo visual.
Como a placa de vídeo fica posicionada em uma conexão PCIe da placa-mãe, você pode visualizar que na parte de traz do gabinete existem conexões de saída de vídeo na parte de baixo, na posição horizontal. Caso só existam saídas de vídeo na parte de cima, e posicionadas na vertical, podemos concluir que o PC não conta com uma placa de vídeo dedicada.
Em notebooks, não é possível determinar apenas no visual se o mesmo conta ou não com uma placa de vídeo dedicada. Porém, em muitos casos, no palmrest (apoio para as mãos) existem indicações do hardware do equipamento, com mais detalhes de processador e placa de vídeo utilizadas.
Os softwares mencionados também permitem que você verifique qual a placa de vídeo ou GPU está em funcionamento. No caso de haver mais de uma (dedicada e integrada), é possível definir qual delas deve ser utilizada.
Confira o tutorial de como saber a memória da placa de vídeo do seu PC.
8. Modelos disponíveis
Para produtividade, a Nvidia também conta com modelos como as placas da linha Quadro, que possuem uma proposta diferente. O produto é indicado para ilustradores e outras aplicações visuais profissionais.
A AMD, por sua vez, iniciou a produção de GPU quando incorporou a ATI, que era uma fabricante de placas de vídeo de onde vem o nome Radeon, utilizado até hoje nas placas da fabricante. Atualmente, a AMD conta com modelos, como Radeon RX 6600, RX 7900 XTX e outras, que buscam ser alternativas que privilegiam o custo-benefício.
Apesar de ser uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a Intel ainda é uma iniciante no segmento de placas de vídeo dedicadas. A marca não conta com muitas opções no mercado, mas modelos como ARC A380 e ARC A770 também são placas que prometem equilibrar de uma maneira mais adequada a relação de custo e performance.
9. Como instalar uma placa de vídeo
Após selecionar o modelo de placa de vídeo mais adequado para suas pretensões com o PC, a instalação vai requerer que você posicione a GPU no slot PCIe de sua placa-mãe. Além de considerar as questões de espaço para acomodação de uma placa de vídeo dedicada, você precisa observar os requerimentos energéticos. Alguns modelos de GPU exigem conectores extra de energia diretamente da fonte. Confira como instalar uma placa de vídeo no computador.
As fabricantes de placas de vídeo indicam quais as fontes recomendadas, além de falarem também se a GPU requer cabos de energia complementar. Após acomodar a placa de vídeo na placa-mãe de seu computador, você precisa conectar os cabos de saída de vídeo nas saídas da GPU, uma vez que a partir deste momento quem vai gerar os gráficos é a placa dedicada.
Com a placa instalada e os cabos de vídeo conectados à placa de vídeo off-board, agora é só instalar os drivers mais recentes para sua GPU. Fabricantes como AMD e Nvidia oferecem sites que permitem o download dos drivers de uma maneira simplificada, além de softwares que prometem realizar a atualização dos drivers de maneira automática. É sempre interessante utilizar as versões mais recentes.
10. Ray-Tracing, DLSS e FSR
Uma das tendências tecnológicas em placas de vídeo é o Ray-Tracing. Essa tecnologia aprimora a exibição de iluminação em gráficos 3D, a fim de proporcionar mais realismo nas cenas. Apenas placas de vídeo mais modernas oferecem compatibilidade com o recurso, que se tornou popular com a introdução da linha RTX da Nvidia no mercado. Atualmente, placas de ponta da AMD também oferecem suporte ao Ray-Tracing.
Já o DLSS é um recurso proprietário da Nvidia que utiliza deep learning (aprendizado de máquina) para aumentar o desempenho das placas de vídeo da empresa. O recurso realiza uma espécie de upscalling inteligente das imagens, sem comprometer a qualidade, e aumenta a taxa de quadros. O DLSS requer compatibilidade por parte do jogo ou software, assim como o FSR, que é a alternativa da AMD para suas placas. Essa tecnologia realiza uma função similar e também requer compatibilidade prévia.
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