Palworld em review: jogo diverte, mas tem performance bem ruim no console

🎮 Palworld: veja 7 combinações de Pals que você precisa fazer no game
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Antes de entrar no mundo de Palworld, o jogador deve criar o seu personagem e customizá-lo da forma que achar melhor. É possível usar alguns modelos pré-prontos, personagens aleatórios ou até mesmo criar um avatar próprio, com características únicas, que podem variar do cabelo até o formato do corpo e cor do personagem.

Apesar de ser algo simples, durante o teste realizado pelo TechTudo, a função de criação de personagem apresentou problemas e travamentos. Não foi possível, por exemplo, alterar o rosto do avatar. Assim, eu, que escrevo essa análise, tive que apelar para a aleatoriedade e torcer por um bom resultado do meu avatar. Infelizmente, só é possível ainda personalizar uma vez o personagem, mas a Pocketpair promete adicionar essa função in-game em breve.

Palworld se passa na Ilha de Pálpagos, e apresenta ao jogador um mundo rodeado de criaturinhas fofinhas, os chamados Pals. Assim como outros jogos de sobrevivência, o game não apresenta uma história definida, e dá total liberdade para os players definirem como vão explorar esse universo.

A habilidade de domar Pals é algo exclusivo para o personagem principal do game e alguns outros humanos. Por isso, é comum encontrar pelo mapa NPCs sentados ao lado de fogueiras, que dão itens e contam histórias para o jogador. No entanto, não cometa o erro de tentar matar essas pessoas, pois crimes dessa natureza não são permitidos na ilha, e logo a Milícia Popular — os policiais de Pálpagos — irá atrás de você.

Um ponto interessante de Palworld é que você não é o mocinho nem o vilão da história. Existem dois tipos de organizações combatidas pelo player. O sindicato, que explora os Pals por lucro e realiza experimento não éticos com eles, e a Aliança de Liberdade aos Pals (FPA), que acredita que as criaturinhas foram escravizadas por anos pelos humanos e é contra o uso de Esferas de Pals para capturá-los.

É interessante pensar que, de fato, os Pals possam ser escravizados, principalmente por serem tirados da natureza para trabalharem até morrer na base do jogador.

O mapa da Ilha Pálpago é enorme, com diversos biomas e diferenças de temperaturas, que são refletidas pelo personagem. Nele, é possível encontrar dungeons e diversas torres de chefes, semelhante a Pokémon. Cada um dos chefes possui Pals únicos, que devem ser derrotados para desbloquear aquela região. Existe uma onda de pensamento em fóruns do jogo que acredita que o comportamento de Pals selvagens está interligado com essas torres. Teoricamente, assim que o boss é derrotado, as criaturinhas no entorno se tornam mais dóceis. Vale destacar que isso não é comprovado oficialmente pelo game.

Há ainda, pela ilha, diversos Pals poderosos, melhorados em comparação a sua versão original, por possuírem muita vida e darem alto dano. Derrotá-los pode ser uma tarefa desafiadora, mas dá recompensas importantes, como XP e partes de civilização antiga, que serão descritas mais para frente neste review.

Palworld é um jogo de sobrevivência e, portanto, o personagem apresenta pode apresentar fome, além de ter barras de vida e fôlego, que podem ser aumentadas ao longo do game. Inicialmente, é possível também carregar apenas 300 kg em itens no inventário. Para aumentar essas e outras características, como defesa e ataque, é necessário evoluir o nível do avatar. É possível ganhar XP ao capturar Pals, derrotar chefões, minerar ou coletar madeira e construir novos equipamentos e estruturas na base.

Uma das primeiras ações do jogador é montar uma base na Ilha de Pálpagos. Ela é crucial para ajudar na sobrevivência do usuário, assim como no game Rust, por exemplo. Lá, é possível produzir comida em plantações, desenvolver novas armas, além de transformar itens coletáveis, como pedra e madeira, em novos produtos, semelhante a Minecraft. Quanto maior for o nível da base e do jogador, mais tecnologias são desbloqueadas na árvore de tecnologias.

As tecnologias desbloqueadas permitem melhorar a dinâmica da base, como a plantação de frutinhas vermelhas, que produz comida diariamente, ou até mesmo a panela, que permite melhorar a qualidade dos alimentos. Para desbloquear cada uma, é necessário usar pontos de tecnologia, ganhos conforme a evolução da base.

Existe, porém, uma parte “escondida” na árvore de tecnologia, chamada de tecnologias ancestrais. Elas usam de conhecimentos de humanos anteriores ao surgimento dos Pals para produzir alguns itens especiais, como o lançador de esferas, por exemplo. Esse tipo de inovação é mais difícil de ser desenvolvida e usa de pontos de tecnologia ancestral e de partes de civilização antiga para ser desbloqueada.

Certamente, as armas no game são um diferencial, principalmente em um mundo dominado pela fofura dos Pals. A primeira arma de fogo produzida pelo personagem é um mosquete, que aumenta significativamente o dano dado pelo jogador, em comparação com armas primitivas, como o porrete. Conforme o jogo avança, novos armamentos são desbloqueados, o que permite vencer batalhas com mais facilidade.

O jogador precisa produzir também as munições, que podem ser feitas na bancada de armas, ou até mesmo roubar de corpos de NPCs armados no game. Cada tipo de arma precisa de um tipo certo de bala, portanto, não se confunda na hora de produzir.

Domar Pals é uma das partes mais legais de Palworld, principalmente pelas habilidades únicas em batalhas que cada um tem, e pelas funções que podem exercer na base. Para isso, é necessário ter Esferas de Pal, que funcionam como as Pokébolas de Pokémon. Quanto maior a raridade da esfera, maior a chance de capturar Pals.

Vale destacar que, para aumentar a porcentagem da chance de captura, é necessário causar dano ao Pal e diminuir bastante sua vida - mas cuidado para não matá-los por engano. Após pegar o monstrinho, ele vai para a Caixa de Pals, onde o jogador pode ver todas as características do monstrinho e decidir se vai usá-lo para combate ou se vai designá-lo para alguma função na base.

Cada Pal pode exercer funções específicas na base, como controlar as fornalhas por ter habilidade com fogo, ou usar o poder de congelamento para preservar a qualidade da comida e evitar que estrague. Para entender melhor as características dos Pals, basta acessar a Palpédia no menu do game. Os processos na base podem ser automatizados com o uso das criaturinhas certas, nos locais certos.

Os Pals também tem necessidades, como saúde mental e fome. Para preservá-las, basta construir piscinas quentes para as criaturinhas relaxarem e esquecerem um pouco do trabalho. Já em relação à comida, é possível que os próprios bichinhos criem um sistema próprio de alimentação, ao plantarem, regarem, coletarem e transportarem até o local da ração. Eles precisam ainda de caminhas para dormirem durante a noite. Sem elas, os Pals ficam irritados e podem produzir menos.

Já em combate, os Pals podem ser o diferencial para vencer batalhas acirradas. Existem diversas classes de Pals, como de água, fogo e terra, por exemplo. Portanto, assim como em Pokémon, é possível que um tipo de Pal seja counter de outro, e dar dano crítico.

Apesar de serem divertidos e tornarem Palworld único, os Pals tem alguns problemas de travamento de funções. Inúmeros foram os momentos em que tive que reiniciar o game para os bichinhos poderem retomar suas funções corretamente. Durante os testes, observei que, principalmente após construir a segunda base, as criaturas se agrupavam em torno da Caixa de Pals e não se mexiam nem para comer ou dormir. Isso se repetiu também durante batalhas, onde os bichos não atacavam os adversários, mesmo com comandos para isso. Esse é apenas um dos problemas de desempenho e performance de Palworld.

A performance de Palworld durante os testes foi terrível. Joguei por cerca de 50 horas, e, infelizmente, com uma média de um crash por hora. Isso aconteceu principalmente em situações onde eu precisava abrir o menu do jogo para me alimentar e alimentar meus Pals. Outros momentos críticos foram em batalhas contra chefões e, principalmente, em dungeons. As masmorras estão quebradas no Xbox, segundo diversos relatos de usuários no fórum de Palworld no Reddit. “Jogo na geração atual do Xbox e mesmo assim meu jogo fecha quando luto em dungeons. Existe como resolver isso?”, comentou um dos internautas.

Ainda, em alguns momentos, meu personagem caiu pelo chão do mapa. O próprio jogo reconhece que continua com alguns problemas em relação a isso, e introduziu um botão para morrer e respawnar em casos onde o jogador esteja preso e sem conseguir sair. Os gráficos medianos e a constante queda de FPS também são pontos que tornaram minha experiência em Palworld ruim.

Palworld certamente é um dos jogos mais populares de 2024, e vale a pena ser jogador. Apesar de pegar emprestado diversos componentes de outros jogos, o game consegue se diferenciar e é um acalento no coração de jogadores ávidos pelo gênero de sobrevivência.

No entanto, para ser uma experiência completa, é necessário se destacar pela imersão, a qual é completamente prejudicada pelos problemas de desempenho. Nada pior do que se preparar por horas para enfrentar um chefão, e no momento decisivo o jogo fechar.

Com informações de Gadget Masters, GameWith e Reddit

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