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Por Paulo Alves; Para O TechTudo


OLED significa diodo orgânico que emite luz (organic light-emitting diode) e atualmente é a tecnologia mais avançada para a fabricação de qualquer tipo de tela, seja para TVs, computadores, telefones celulares ou para seu videogame portátil favorito. Diferente do LCD, Plasma ou LED, o OLED consome bem menos energia, é mais leve, fino, oferece ângulos de visão maiores com melhor brilho e contraste, além de reproduzir cores muito mais naturais do que qualquer tela que você já viu no mercado.

OLED flexível (Foto: Reprodução) — Foto: TechTudo
OLED flexível (Foto: Reprodução) — Foto: TechTudo

Seu princípio de funcionamento é baseado, entre outros, em materiais feitos de carbono que, ao serem estimulados por um campo eletromagnético, emitem as luzes azul, verde e vermelho, que é o que todo display necessita para criar as imagens.

O LCD, por exemplo, utiliza uma fonte de luz que perpassa por filtros e cristais líquidos para obter, no final do processo, as luzes azul, verde e vermelho, resultando em um material que consome mais energia, mais pesado, mais grosso e de qualidade potencialmente inferior.

OLED emitindo luz azul (Foto: Reprodução) — Foto: TechTudo
OLED emitindo luz azul (Foto: Reprodução) — Foto: TechTudo

Já a tecnologia LED utiliza materiais semelhantes ao OLED, só que para servirem de emissores de luz que passam por filtros, gerando as cores. Na prática, uma TV LED é uma TV LCD com uma iluminação melhorada. O OLED não utiliza luz traseira nenhuma, pois o próprio material do qual é feito emite as cores e é por isso que possibilita a fabricação de produtos mais finos e leves.

TV LG com tecnologia OLED (Foto: Reprodução) (Foto: TV LG com tecnologia OLED (Foto: Reprodução)) — Foto: TechTudo
TV LG com tecnologia OLED (Foto: Reprodução) (Foto: TV LG com tecnologia OLED (Foto: Reprodução)) — Foto: TechTudo

Porém, também há desvantagens como em qualquer tecnologia. Devido ao material orgânico utilizado no OLED, ele acaba tendo vida útil reduzida, estimada em cerca de 14 mil horas com uso moderado do brilho. As telas de LCD e LED, por exemplo, têm em média vida útil de 25 a 40 mil horas. Outros pontos negativos estão relacionados à pouca resistência à água e à perfomance em ambientes abertos muito iluminados. De qualquer maneira, muitos dos defeitos do OLED só poderão ser definidos com sua maior utilização e, pelo que se viu até o momento, suas vantagens parecem ser compensadoras.

A tecnologia ainda é recente e por isso de alto custo. A Samsung e a LG anunciaram suas primeiras TVs Super OLED na CES (maior feira de eletrônicos do mundo), deste ano, que podem chegar ao consumidor final pela bagatela de US$ 8.000 (R$ 16.000).

TV OLED anunciada pela Samsung na CES 2012 (Foto: Reprodução) — Foto: TechTudo
TV OLED anunciada pela Samsung na CES 2012 (Foto: Reprodução) — Foto: TechTudo

Por outro lado, a tecnologia OLED já é usada há algum tempo por fabricantes como Sony, Samsung, Nokia, LG, Dell, Olympus, HTC, ASUS e Panasonic. No campo dos smartphones, destaca-se a Samsung, que introduziu a tecnologia AMOLED no display de seu Galaxy S e teve um sucesso enorme por isso.

Avanços como o OLED flexível já deverão ser utilizados pelas fabricantes de eletrônicos em breve. Com o tempo, a tecnologia irá baratear e deverá estar na TV da sua casa em menos tempo que você imagina.

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