Octa-core é um termo que costuma aparecer na ficha técnica de celulares sempre que um consumidor vai consultar aparelhos na internet. Ainda assim, muita gente fica na dúvida sobre o que exatamente significa a palavra e quais os benefícios que a presença dele traz para o smartphone. Basicamente, a tecnologia octa-core está presente em processadores de telefone, indicando a divisão dos núcleos que fazem diferença no desempenho final do dispositivo. Grandes fabricantes como Apple, Asus, Motorola, Realme e Samsung possuem aparelhos equipados com chips que trazem essa segmentação.
O termo costuma ser acompanhado de outros elementos, como as velocidades traduzidas em Gigahertz (GHz), também conhecidas como clock – o que pode deixar a definição ainda mais confusa. Nas linhas abaixo o TechTudo esmiúça a funcionalidade de um chip octa-core dentro do seu smartphone para dar fim às dúvidas na hora da compra.
O que é um processador octa-core
Se formos pela etimologia da palavra, “octa” representa o número oito (enquanto quantidade) e “core” pode ser traduzido como núcleo. Assim, um processador octa-core é um chip composto por oito núcleos, cada qual destinado a melhorar um funcionamento dentro do celular. O processador é considerado o cérebro do smartphone, responsável por manter os aplicativos rodando sem travamentos e, até mesmo, ajudar na economia de bateria durante o uso do aparelho.
Enquanto o processador é um componente de hardware, o núcleo é um elemento encontrado dentro dele, feito para ler e executar as instruções enviadas pelos apps e pelo sistema. A distância entre os terminais dos transistores que compõe a tecnologia é medida em nanômetros (nm), escala usada para determinar as dimensões no interior de qualquer microchip, em que a menor quantidade de nanômetros pode ser um indicativo de um melhor desempenho do celular.
No início, quando os smartphones começaram a surgir, os dispositivos tinham apenas um processador de núcleo único, mas com o avanço das tecnologias mobile, dispositivos dual-core (dois núcleos), quad-core (quatro núcleos), hexa-core (seis núcleos), octa-core (oito núcleos), e assim por diante, se tornaram mais comuns.
Qual o impacto do processador octa-core no celular?
Primeiro é preciso entender como os núcleos do processador trabalham. Quanto mais divisões, mais rápido eles podem executar a tarefa solicitada, os aplicativos são carregados rapidamente, jogos não travam, vídeos podem ser reproduzidos sem engasgos e muito mais. Mas apenas um bom processador não é suficiente para indicar se um smartphone terá uma boa performance ou não. Tudo depende de como foi pensada a divisão das tarefas dentro do dispositivo.
A maioria dos modernos chips octa-core são baseados em arquitetura da ARM, desenvolvidos a partir de licenças, concedidas para fabricantes parceiras da empresa homônima. Essa arquitetura funciona a partir de um conjunto restrito de instruções que foca em baixo consumo de energia e baixa geração de calor. Ela também precisa considerar detalhes como o clock (calculado em GHz) e outros componentes do celular, como a unidade de processamento gráfico (GPU) e memória RAM disponível.
Vale ressaltar também que um processador octa-core só será mais rápido que um quad-core se os aplicativos executados conseguirem lidar com várias tarefas simultaneamente. Por exemplo, quando o usuário precisa atender a uma chamada e quer continua navegando no celular, seja jogando, postando nas redes sociais ou trabalhando, ele consegue fazer isso simultaneamente porque cada atividade será processada por um núcleo diferente.
A linha Galaxy S22, da Samsung, traz chip octa-core
Processadores octa-core mais poderosos da atualidade e onde encontrá-los
Apesar de serem associados a celulares mais caros, há modelos de smartphones intermediários que podem ser encontrados com processadores octa-core em suas especificações. Alguns exemplos são o Redmi Note 10s da Xiaomi, Galaxy A52 da Samsung e o Motorola G60s.
Porém, é nos modelos mais robustos que seu potencial de uso tem mais chance de ser aproveitado. Atualmente, os processadores octa-core mais potentes do mundo são Snapdragon 8 Gen 1, da Qualcomm - presente em modelos como Xiaomi 12, Galaxy S22 Ultra e Motorola Edge 30 Pro. Além do Dimensity 9000 da MediaTek, encontrado no Redmi K50 Pro.