HDR é uma tecnologia presente em câmeras, celulares, TVs, monitores e consoles que gera imagens nítidas e com mais detalhes. A sigla significa "High Dynamic Range", algo como "Grande Alcance Dinâmico" em português, e refere-se ao aumento de luminância provocado pela tecnologia. Por meio de ajustes na exposição, câmeras com HDR conseguem captar fotos e vídeos com mais contraste e brilho. Isso significa que, em TVs e eletrônicos compatíveis, as nuances e gradações entre o preto e o branco dessas imagens são equilibradas e a percepção das cores é melhorada.
O HDR tem como objetivo tornar as imagens captadas e reproduzidas por aparelhos eletrônicos mais parecidas com a forma que o olho humano enxerga. A tecnologia está presente em dispositivos de entrada, intermediários e avançados e conta com diversos tipos. Alguns dos principais são o Dolby Vision, o HDR10 e o HDR10+. Para esclarecer dúvidas sobre este recurso e entender o que é HDR, continue neste guia.
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O que é HDR: saiba tudo sobre o recurso
O TechTudo reúne, abaixo, tudo sobre o que é HDR. No índice a seguir, confira os tópicos que serão abordados neste guia.
- O que é HDR e o que significa?
- O que é HDR na câmera?
- O que é HDR na TV?
- Tipos de HDR
1. O que é HDR e o que significa?
O HDR foi desenvolvido para gerar imagens mais nítidas, oferecendo um melhor equilíbrio entre as zonas claras e escuras da foto ou vídeo por meio de ajustes no contraste e na exposição. Este recurso é um padrão tecnológico que permite uma maior qualidade de imagem, com ganhos para além da alta resolução. Atualmente, está presente em diversas máquinas e dispositivos, como câmeras de smartphones e televisões.
O nome HDR vem do inglês "High Dynamic Range", traduzido para o português como "Grande Alcance Dinâmico" ou "Alto Alcance Dinâmico". A tecnologia gera níveis mais altos de brilho do que imagens com o recurso SDR, ou "Standard Dynamic Range", que significa "Alcance Dinâmico Padrão".
Em comparação com o olho humano, as câmeras SDR tem alcance dinâmico bem limitado e, por isso, não conseguem registrar todas as nuances e detalhes que vemos a olho nu, especialmente em áreas com incidência extremamente baixa e ou alta de luz. Com o HDR, os dispositivos eletrônicos podem aumentar essa faixa de luminância, gerando imagens com mais brilho, detalhes e cores.
Amplamente utilizado cinema, atualmente o HDR está presente em grande parte das câmeras de celulares e na maioria das câmeras DSLR disponíveis no mercado. Também é possível encontrar smart TVs, notebooks, monitores e outros eletrônicos com displays compatíveis com o recurso, o que faz com que muitos streamings também invistam na tecnologia em seus filmes e séries.
Existem diferentes tipos de HDR, capazes de entregar distintos níveis de profundidade e brilho. Para que a qualidade da imagem seja realmente aprimorada, é preciso que tanto o dispositivo de captação como o de reprodução sejam compatíveis com o formato. Ou seja, se você reproduzir um filme com HDR em uma TV que não tenha o recurso, a imagem será exibida de maneira padrão. Além disso, como é uma tecnologia que amplia a quantidade de detalhes da imagem, os arquivos com HDR são mais pesados, por isso, nem todo equipamento de mídia conseguirá suportar esse formato de imagem.
2. O que é HDR na câmera?
O HDR é capaz de ampliar a faixa de luminância captada em câmeras de celulares e máquinas fotográficas. Com isso, o dispositivo registra mais detalhes nas zonas claras e escuras da imagem, o que confere um maior nível de realismo às fotos e vídeos. Para isso, a câmera tira uma sequência de ao menos três fotos em um único disparo, cada uma com um tempo de exposição diferente.
Quanto maior é a exposição, maior a quantidade de luz capturada pelo sensor da câmera, logo, mais clara é a imagem. Com a tecnologia HDR ativada, a câmera faz ao menos uma foto com muita luz, uma com pouca luz e uma equilibrada em um mesmo clique. Depois, esses registros são mesclados, e a fotografia final é o resultado da junção de todas essas imagens, de maneira a garantir o melhor nível de detalhe, definição e cor possível em todos os pontos da foto.
3. O que é HDR na TV?
TVs e outros tipos de display com HDR são capazes de reproduzir conteúdo com alto alcance dinâmico. Isso significa que as imagens têm maior nível de brilho e contraste, uma ampla gama de tons claros e escuros e, por consequência, cores mais vibrantes. A função é utilizada para otimizar a qualidade de imagem das telas, de maneira a criar uma experiência mais próxima à de cinema.
Com o contraste aprimorado, as TVs com HDR tornam a imagem mais nítida em cenas muito escuras ou muito claras e podem mostrar não só diferentes cores com muita clareza, como também diversas texturas. A tecnologia está presente em diferentes tipos de modelos e pode conferir um nível ainda mais alto de qualidade de imagem quando associada a painéis mini LED e OLED.
Vale lembrar que, para que o HDR da TV seja ativado, é preciso que o conteúdo reproduzido também seja compatível com o formato. No catálogo da maioria dos streamings, como Netflix, Amazon Prime Video e Apple TV+, estão disponíveis diversos filmes e séries com a tecnologia.
Além disso, qualquer TV com HDR é capaz de reproduzir conteúdo com alto alcance dinâmico, mas existem variações na tecnologia. Os principais tipos de HDR no mercado hoje são HDR10, HDR10+ e Dolby Vision. Suas principais diferenças estão no nível de brilho e profundidade da imagem, e um dispositivo pode ser compatível com um ou mais tipos do recurso.
4. Tipos de HDR
- HDR10
O HDR10 é uma tecnologia com capacidade de brilho de até 1.000 nits e profundidade de cor de até 10 bits. O recurso é liberado para uso por qualquer fabricante e pode conferir melhor qualidade de imagem para televisões e outros displays. Em contrapartida, o formato tem metadados estáticos, ou seja, o "efeito" de contraste aplicado é o mesmo para todos os conteúdos. Dessa forma, algumas cenas com muito brilho ou muitas áreas escuras podem não atingir o seu pleno potencial com a tecnologia. No entanto, a diferença na qualidade quando comparada às telas comuns é notável e deve ser suficiente para a maioria dos consumidores.
- HDR10+
HDR10+ é uma tecnologia desenvolvida pela Samsung para concorrer com o Dolby Vision, considerado o mais avançado do mercado. Suas configurações são bastante parecidas com o HDR10, como 1.000 nits de brilho e 10 bits de profundidade de cor. O que muda nessa tecnologia é a presença de metadatos dinâmicos, que oferecem um equilíbrio de contraste aprimorado para cada conteúdo exibido. Além da Samsung, marcas como TCL e Panasonic também fabricam TVs com o formato, que é de uso liberado.
- Dolby Vision
Considerado o HDR mais potente hoje, o Dolby Vision foi criado pela empresa Dolby. Assim como o HDR10+, o recurso utiliza metadados dinâmicos para conferir melhor adaptação da tecnologia a diferentes conteúdos. Em relação ao nível de brilho e profundidade, o recurso é capaz de alcançar até 10 mil nits e 12 bits, respectivamente, um grande salto em comparação com o HDR10 e o HDR10+.
Por ser uma tecnologia licenciada, as fabricantes precisam pagar a Dolby para utilizar o Dolby Vision, o que encarece a produção. Em contrapartida, a empresa garante apoio para que os dispositivos alcancem o maior potencial de imagem possível. Vale destacar, também, que ainda existem menos conteúdos disponíveis em Dolby Vision do que em outros tipos de HDR nos streamings.
- HLG
HLG, ou "Hybrid Log Gamma" (traduzido para o português como "Registro Gama Híbrido"), é um tipo de HDR criado pelas emissoras BBC e NHK para suportar transmissões ao vivo. A qualidade é um pouco inferior do que o HDR padrão, mas a vantagem do recurso é sua compatibilidade com televisões SDR. O formato é de uso livre e o YouTube e alguns celulares já oferecem suporte à tecnologia, mas ainda não existem muitos conteúdos disponíveis.
- Advanced HDR
O Advanced HDR, desenvolvido pela empresa Technicolor, engloba diferentes tecnologias: SL-HDR1, SL-HDR2 e SL-HDR3. A primeira usa como base o HGL e é compatível com TVs SDR, enquanto a segunda é comparável ao HDR10+ e o Dolby Vision. Já a terceira, ainda em fase de testes, também tem o HGL como base, mas adiciona o uso de metadados dinâmicos para otimizar a qualidade da imagem. O formato ainda está restrito para parceiros da empresa, sendo usado principalmente para transmissões ao vivo.
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