NBA Infinite é divertido, mas peca por ser mais do mesmo; testamos

🎮 NBA 2K24: veja gameplay, requisitos e modos do game de basquete
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Os primeiros minutos do jogo são marcados por um extenso, porém completo, tutorial. Guiado pelo ala-pivô do Denver Nuggets, Aaron Gordon, o guia demonstra cada função do menu ao usuário. Nele, é apresentado o “Ticket do Time Infinite”, uma espécie de moeda especial do jogo, que pode apenas ser trocada por pacotes de jogadores.

É possível adquirir astros da NBA de duas formas: por meio de pacotes comprados ou pelo mercado de transferências com de moedas ganhas por jogar partidas e completar desafios. O preço dos jogadores pode variar, seguindo a ideia da demanda e oferta, assim como no Ultimate Team. O game apresenta também um sistema que permite evoluir as habilidades e o overall, ou seja avaliação geral de cada atleta. Para garantir um upgrade de 100%, basta juntar sete ou mais cartinhas de um mesmo jogador, e trocar pela evolução desejada. Quanto mais jogadores adquiridos, mais pontos cada atleta receberá.

Outro menu interessante é o de treinadores. É lá onde os usuários podem formar o seu trio de comissão técnica e criar estratégias. Cada coach possui uma habilidade especial, que pode ser convertida em bônus para a equipe. Em testes realizados pelo TechTudo, foi possível adicionar o atributo “Segura Firme”, concedido pelo treinador principal do LA Clippers, Tyronn Lue, a alguns astros, como Kawhi Leonard e Anthony Davis. Assim como nos jogadores, também é possível evoluir os treinadores, e melhorar suas habilidades.

Além disso, o game possui ainda um passe de batalha, com recompensas gratuitas e pagas. Até o momento, o valor não foi divulgado pela Level Infinite. Outras microtransações incluem também a compra de “IC”s, que podem ser trocadas por diamantes. Os valores variam de U$ 0,99 a U$ 99,99, ou seja, de R$ 4,90 a R$ 495,30 em coversão direta, mas os valores oficiais na modela brasileira ainda não foram confirmados.

O NBA Infinite possui, ao todo, cinco modos de jogo on-line. A “3v3 Ranqueada” e a “Dinastia Ranqueada” são modos de jogo competitivos direcionados para aqueles usuários que querem se desafiar e almejam o topo. São nove ranks: Novato, Reserva, Quebra-galho, Iniciante, Estrela, All-star, Superestrela, Lenda e Hall da Fama. Para subir de categoria, é preciso vencer as partidas e juntar estrelas. Cada vitória recompensa o usuário em uma estrela, enquanto a derrota tira uma estrela. Não é possível perdê-las nos ranks Novato e Reserva. A cada três estrelas, uma nova patente é alcançada.

Já os modos casuais são divididos em: “1v1 Normal”, “Dinastia Normal” e “Ameaça Tripla”. Durante o teste realizado pelo TechTudo, apenas o primeiro modo estava disponível de forma completa. O jogo é divertido e rápido. O usuário deve escolher um astro da NBA e jogar contra o adversário em quadra reduzida. Vence aquele que atingir 11 pontos primeiro, ou tiver mais pontos ao fim dos dois minutos de duração. Em caso de empate, a partida vai para a prorrogação. O primeiro a fazer cesta, vence.

É possível ainda se juntar com até dois amigos e jogar os modos 3v3 juntos. Cada um fica responsável por um atleta, semelhante ao modo Clubs, do EA Sports FC. Além disso, é possível criar uma sala personalizada, e ser o host da própria partida.

Por fim, há três modos off-line. O “Desafio dos 3 Pontos” é um modo onde o jogador deve acertar o máximo de cestas possível. Ao todo, são 25 tentativas. Já o “Campo de Treino” permite ao usuário aprender os comandos do jogo, e ganhar diamantes a cada série de exercícios concluída. A “Prática” é o local ideal para treinar os comandos do jogo.

A gameplay do NBA Infinite é desafiadora, porém divertida. O jogo apresenta um botão grande e três botões menores no lado direito da tela, enquanto no lado esquerdo dispõe do joystick. Em celulares com telas pequenas, entretanto, pode haver prejuízo para o usuário, já que a disposição das funções pode preencher boa parte do display.

O game acerta no equilíbrio entre as funções de defesa e ataque. Não há uma função “apelona”, ou seja, que prejudique o meta do jogo e a experiência do usuário. Todas as funções possuem valências e fraquezas a serem exploradas. Claro que pequenos ajustes podem ser realizados para potencializar ainda mais a partida de basquete. A seguir, confira os comandos de ataque e defesa in-game:

• Arremesso: o botão dá ao jogador a chance de finalizar as jogadas em cesta, seja por arremessos de três e dois pontos, ou por bandejas e enterradas. A porcentagem de acerto de cada jogada é determinada pela condição do jogador. Quanto mais livre, maior a chance de converter os pontos. Para tentativas de chute à distância, uma barra é exibida acima da cabeça do atleta, semelhante ao NBA 2K. Nela, existem três faixas. A vermelha, que diminui em até 60% a chance de acerto; a amarela, que aumenta em apenas 10% a conversão do arremesso; e por fim a azul, que acresce em 90% a conclusão positiva da jogada. Vale destacar que, quanto melhor o jogador nesse atributo, maior será a barra azul. Ao tentar com um pivô, por exemplo, a chance de acerto é mínima. Já em jogadas no interior do garrafão, o movimento em direção à cesta é automático.
• Passe: o atributo é o mais confuso na fase ofensiva. Nos testes realizados, não foi possível indicar, com precisão, em qual jogador o passe deveria ser feito. Em jogadas de saída de bola, o armador normalmente mirava no pivô, e realizava um passe longo e arriscado, sem propósito. A criação de jogadas é prejudicada também devido à mecânica do jogador, que é travada e repetitiva.
• Drible: a habilidade é divertida e proporciona jogadas alternativas ao convencional “toca-toca”. A mecânica é melhor executada com jogadores que tenham boa condução de bola, como armadores, por exemplo. Se bem executada, adiciona um boost de velocidade ao atleta. Além disso, pode ainda atordoar o defensor por alguns segundos, o que pode ser o diferencial para penetrar naquela defesa bem fechada.
• Realizar o pivô: como diz o nome, a função é melhor executada por pivôs, jogadores com maior força física e estatura. Basicamente, é o ato de dar as costas ao adversário e avançar rumo a cesta. Funciona bem.

• Roubar a bola: é possível jogar uma partida inteira sem apertar esse botão uma única vez. De acordo com as dicas do próprio jogo, o comando é melhor executado em jogadores que estejam realizando dribles. Entretanto, o recurso é praticamente inútil, uma vez que a probabilidade de acerto é baixa. Precisa ser melhor balanceada para se tornar competitiva.
• Defender: o comando dificulta a vida dos atacantes. Ao segurar o botão, o jogador realiza a marcação próxima do adversário que está com a bola. No entanto, caso a bola seja passada para outro adversário, o próprio jogo realiza a troca automática de defensor.
• Trocar o marcador: a ferramenta funciona bem, mas pode ser esquecida devido ao comando de “Defender”, que realiza o mesmo trabalho, de forma mais rápida. Ao ser pressionada, troca para o defensor mais próximo da bola. Deveria ser a única forma de transitar entre jogadores de defesa.
• Bloqueio: é recompensador acertar um block contra jogadores de ataque. O comando pode ser difícil de ser aprendido, mas uma vez aperfeiçoado, torna-se uma dor de cabeça para o adversário. É mais útil em jogadas no interior do garrafão.

Os gráficos do jogo são bem feitos, apesar de não apresentarem um grande detalhamento. No entanto, alguns jogadores podem apresentar problemas de renderização, o que pode provocar cenas curiosas. Além disso, o mapeamento facial de alguns atletas pode fugir um pouco da realidade. Portanto, para aqueles usuários que adoram prestar atenção nos pequenos detalhes, este não é o jogo ideal para isso. Vale lembrar que, a versão testada pelo TechTudo é apenas um teste, e não reflete necessariamente a versão final do NBA Infinite.

Já o desempenho do jogo surpreendeu. Durante os testes, o game não apresentou quedas de FPS, tampouco problemas de conectividade, mesmo em uma versão de teste.

O NBA Infinite faz o simples bem feito, mas peca pela falta de uma característica marcante. A pouca inovação se confirma nos menus e modos de jogo, muito semelhantes aos concorrentes. A fórmula de montar o próprio elenco através de cartinhas é batida e consolidada em outras franquias de maior expressão. Apesar disso, o game é diversão garantida para amantes da liga americana de basquete, devido à gameplay viciante e cuidado único com o público brasileiro. Definitivamente, vale o teste.

Com informações de NBA Infinite

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