Ao comprar um Kindle usado, é preciso avaliar atentamente alguns pontos. Entre eles estão verificar a garantia, o estado de conservação e a procedência do e-reader, para evitar dores de cabeça futuras. Além disso, embora o comércio de usados exiba preços muito abaixo do valor de mercado, é preciso ter cautela: caso a negociação seja feita presencialmente, opte por lugares públicos que deem maior segurança. Acordos firmados pela Internet podem ser feitos por sites que retêm o valor até a entrega e dão a opção de desistência ou estorno do valor investido, caso o produto esteja em desacordo com o anunciado. Para evitar golpes e garantir a compra de um bom aparelho, confira abaixo seis coisas que você deve considerar antes de comprar um Kindle usado.
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1. Observe o estado físico do Kindle
Como todo dispositivo eletrônico de segunda mão, é importante verificar o estado em que se encontra o aparelho. Marcas de uso podem ser comuns e não afetar o desempenho, sendo encobertas por uma simples capa. Arranhões e amassados, por outro lado, podem indicar quedas do dispositivo e avarias maiores no interior. Portanto, caso possa ter o aparelho em mãos, avalie de forma criteriosa todos os danos e suas implicações. Caso a aquisição seja feita pela Internet, não hesite em pedir por fotos e vídeos do Kindle de interesse.
A tela também merece atenção. Toda a interação com as edições mais recentes do Kindle é feita por meio dela. Portanto, verifique se o display está em boas condições e se não apresenta riscos ou manchas que afetem o uso. Com o dispositivo ligado, verifique se o software não apresenta engasgos e se os botões funcionam. Alguns defeitos comuns do Kindle incluem a tela inicial travada ou piscando. E, apesar de muitos deles terem solução relativamente fáceis, é importante ter ciência do estado de conservação do aparelho como um todo antes de adquiri-lo.
2. Avalie o desempenho da bateria
Dispositivos eletrônicos tendem a ter baterias com um número limitado de ciclos. Ainda que no caso dos e-readers uma carga dure dias ou até mesmo semanas, a depender de quão intenso seja o seu uso, vale a pena verificar qual o nível de carga do Kindle. Como o tempo de recarga pode ser alto — o Kindle de 11ª geração, por exemplo, leva de 2 a 4 horas para uma recarga completa da bateria —, peça para o vendedor carregar o aparelho por completo antes da transação e verifique a carga imediatamente ao tê-lo em mãos.
Um truque interessante é pedir que um e-book seja baixado ou uma atualização seja instalada. Nesses momentos, a bateria é consumida mais rapidamente e, caso haja uma queda brusca na porcentagem de energia, pode ser um indício de que a bateria está próxima do fim, necessitando de uma substituição.
3. Peça a nota fiscal
Esta dica vale para qualquer aquisição de eletrônico: sempre peça a nota fiscal. O documento garante que a procedência do produto é legal, ou seja, que ele foi adquirido em uma loja ou de um revendedor, e que não é fruto de roubo ou furto. A nota fiscal também é utilizada para acionar a garantia. Ela comprova que o Kindle foi adquirido dentro do prazo de garantia da Amazon e pode fazer uso de assistência técnica para reparos ou substituição do produto.
Com a nota fiscal em mãos, entre no Portal da Nota Fiscal Eletrônica e consulte o número do DANFE. Ali estão contidos os dados de quem emitiu a nota fiscal, do comprador, a quantidade e o valor do produto adquirido, além de data e hora da compra. Caso haja recusa na entrega da nota, ou o vendedor não a possua, pode ser melhor desistir da compra.
4. Verifique o modelo e a geração
É importante conferir também a geração do produto que está sendo adquirido. A Amazon já lançou mais de 10 gerações do e-reader, sendo que a última possui quatro modelos. Enquanto aparelhos mais modernos têm garantida a atualização e podem fazer uso da loja oficial da Amazon, modelos mais antigos não podem mais adquirir livros virtuais ou acessar as lojas da empresa. A Amazon, inclusive, já avisou usuários de modelos de 5ª geração e anteriores que esses aparelhos perderão acesso.
Compare também o preço do aparelho frente a um Kindle novo. Algumas pessoas costumam cobrar um preço muito próximo ao que foi pago pelo eletrônico usado. Nesse caso, pode valer mais a pena investir em um aparelho novo. O mesmo vale para as gerações: se o preço cobrado por um Kindle de 10ª geração for muito semelhante ao de 11ª geração, vale mais a pena investir na edição mais recente. Assim, você garante mais tempo de atualização e uma vida útil prolongada.
5. Veja se inclui acessórios
Apesar de ser um eletrônico relativamente barato, que não precisa de outros acessórios para funcionar, pode ser uma boa ideia consultar a respeito dos acessórios inclusos junto ao Kindle. Originalmente, a caixa porta apenas três itens: o e-reader, um cabo USB do tipo C e os manuais. Mas, caso tenha que adquirir uma capa separadamente, o acessório pode custar mais de R$ 100 — encarecendo o produto em mais de 20% do preço de um Kindle de 11ª Geração novo.
Já quanto aos cabos, ainda que os modelos mais recentes utilizem o modelo padrão adotado pela indústria (USB do tipo A em uma ponta e do tipo C na outra), caso o item tenha que ser adquirido à parte, você terá de investir mais tempo e dinheiro em algo que poderia já vir junto conforme o conteúdo padrão do Kindle.
6. Verifique a reputação do vendedor
Sites confiáveis como o Mercado Livre exibem tanto a reputação da loja que vende o produto (à direita na imagem) quanto uma avaliação daquele produto por parte dos compradores (à esquerda). A informação é exibida de forma semelhante na OLX, outra plataforma confiável. Caso o vendedor possua muitas avaliações negativas e problemas com o produto, evite fazer negócios. No caso de poucas ou nenhuma avaliação, este pode ser um indício de que a conta foi criada recentemente para não se associar a avaliações negativas anteriores.
Verifique também promessas estranhas, como a inclusão de livros gratuitos pré-instalados. A não ser que sejam obras de domínio público, elas estarão atreladas à conta do usuário anterior. No momento em que você criar a sua conta da Amazon para compra de livros, os títulos que estavam no aparelho serão apagados.
Vale a pena comprar um Kindle usado?
A resposta mais honesta é "depende". Um Kindle com poucas marcas de uso, boa bateria, que venha com nota fiscal e acessórios, que seja de até duas gerações anteriores e tenha um bom desconto certamente é uma ótima aquisição. Mesmo que o dispositivo não passe em alguma dica aqui listada, como não vir com acessórios, ou apresente pequenas marcas de uso, se ele tiver um bom desconto, também pode valer a pena.
Diversas lojas, incluindo a Amazon, trazem promoções de tempos em tempos para o e-reader. Durante períodos como a Black Friday, muitas pessoas reduzem o valor do usado para que ele fique com um preço competitivo. Por isso, vale a pena monitorar os valores até encontrar um Kindle com o preço desejado. Seguindo as dicas do TechTudo, é possível fazer uma boa compra sem medo de ser enganado.
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