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O Google terá que desativar o rastreamento de usuários na janela anônima, além de apagar bilhões de dados coletados. A decisão é consequência de um acordo judicial firmado pela empresa, que também foi pressionada a dar mais transparência sobre o funcionamento do modo privado. O processo coletivo foi movido por usuários que acusam o Google de rastrear ilegalmente seu comportamento online, mesmo utilizando o recurso que oferecia anonimato. A seguir, entenda melhor sobre a ação coletiva contra o Google, como funcionava a janela anônima do Chrome e o que será mudado a partir de agora.

Acordo judicial faz Google rever políticas de privacidade do modo anônimo — Foto: Mariana Saguias/TechTudo
Acordo judicial faz Google rever políticas de privacidade do modo anônimo — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

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Como funcionava a janela anônima do Google

O modo anônimo pode dar ao usuário uma sensação de privacidade, como se fosse possível navegar pela internet sem deixar qualquer rastro, mas isso não é totalmente verdade. Ao usar esse recurso, o navegador deixa de salvar o histórico no dispositivo, de registrar informações inseridas em formulários e evita propagandas direcionadas. No entanto, Google e outras entidades ainda podiam rastrear e coletar dados sobre a atividade do usuário, mesmo na janela anônima.

Em modelos mais recentes do Chrome, a empresa decidiu deixar claro para os usuários como funciona o modo de navegação anônima, explicando o que não ficará salvo e o que pode ficar visível para os websites visitados, empregador ou sua escola dono do dispositivo e provedor de Internet. Porém, essa falsa sensação de privacidade na janela anônima do Google Chrome acabou virando caso de justiça.

Os modelos mais recentes do Chrome informam sobre visibilidade de dados e rastreamento — Foto: Reprodução/Juliana Villarinho
Os modelos mais recentes do Chrome informam sobre visibilidade de dados e rastreamento — Foto: Reprodução/Juliana Villarinho

Ação coletiva contra o Google

Em 2020, usuários residentes nos EUA entraram com uma ação coletiva contra o Google acusando a empresa de rastrear ilegalmente seu comportamento durante a navegação privada. Inicialmente, foram pedidos US$ 5 bilhões em danos, que correspondiam ao valor estimado dos dados que o Google armazenou indevidamente.

A falta de transparência sobre o uso das informações também foi um ponto importante da ação, que exigia que a empresa deixasse explícita forma como eram usados os dados obtidos por meio do modo anônimo. O Google, de início, alegava que as coletas durante a navegação privada sempre foram mantidos anônimos, ou seja, não eram ligados a um usuário específico, e nunca foram usados para personalização.

Depois de quase quatro anos de batalha judicial, um acordo foi proposto para que este caso seja encerrado de uma vez por todas. Apesar de não oferecer qualquer compensação financeira para os autores do processo, como foi pedido inicialmente, o Google se prontificou a tomar algumas medidas para deixar o modo anônimo realmente anônimo. Se a decisão for acatada pelo juiz, pode se tornar um marco no quesito privacidade do usuário.

Google precisará implementar algumas medidas para deixar o modo anônimo realmente anônimo — Foto: Reprodução/Unsplash
Google precisará implementar algumas medidas para deixar o modo anônimo realmente anônimo — Foto: Reprodução/Unsplash

O que muda após a decisão da Justiça

A principal mudança após o acordo judicial é o compromisso do Google de acabar com o rastreamento de usuários no modo anônimo. Isso significa que a empresa não poderá mais identificar os usuários que estiverem usando o recurso de navegação privada. Outra medida importante é a decisão de excluir os dados coletados durante sessões anteriores de navegação privada. O porta-voz do Google, José Castañeda, afirmou que a empresa está feliz em deletar esses dados técnicos antigos e deixou claro que essas informações nunca foram associadas a um indivíduo.

O Google Chrome também terá que implementar o bloqueio padrão de cookies de terceiros, impedindo que outras plataformas usem cookies que rastreiam e monitoram as atividades de navegação do usuário. Essa opção já está disponível no modo de navegação anônima do Chrome, mas é preciso ativá-la manualmente ao abrir uma nova janela privada.

Por fim, a empresa precisará aprimorar a transparência sobre o modo anônimo, deixando claro quais dados são coletados e quais não são. Como dito anteriormente, o Chrome já vem apresentando essas informações de forma mais explícita em versões mais recentes do navegador. Ao abrir uma nova janela anônima, é possível encontrar a mensagem “Como outros usuários deste dispositivo não terão acesso à sua atividade, você pode navegar com mais privacidade. Isso não vai mudar a forma como os dados são coletados pelos sites que você acessa e pelos serviços que eles usam, incluindo o Google. Os downloads, favoritos e itens da Lista de leitura ainda serão salvos”.

Com informações de The Verge e Giz China.

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