Uma impressora 3D foi utilizada para fabricar uma câmera analógica de cinema nos Países Baixos. O responsável pelo projeto criou um aparelho com possibilidade da gravação em 35 mm, diferente dos formatos mais comuns, de 8 mm e 1 mm. O modelo do engenheiro japonês Yuta Ikeya possui um obturador que possibilita o controle do tempo de entrada de luz.
Apesar das facilidades das câmeras digitais atuais, as câmeras analógicas ainda são as preferidas de muitos cineastas e artistas. O designer encarou o desafio pensando na nostalgia e nas particularidades desse tipo de aparelho.
Para que o resultado final da câmera fosse leve, acessível e fácil de mexer, houve várias tentativas na construção do equipamento. A impressão 3D de um dispositivo complexo como uma câmera de vídeo demanda a confecção de vários componentes impressos de forma separada, para que a montagem seja feita posteriormente.
O engenheiro também construiu um sistema de engrenagem sincronizado mecanicamente, controlado por um mini computador Arduino e acionado por um motor DC. Nesse sistema, a luz entra na câmera, sendo dividida por um espelho antes de passar pelo obturador rotativo. Isso faz com que as imagens sejam capturadas e transmitidas ao fotógrafo em tempo real.
O ponto negativo dessa tecnologia, segundo Ikeya, é que esse método reduz a luz projetada no filme, mas isso é algo que pode ser facilmente modificado configurando o ISO.
Para os filmes a serem utilizados no aparelho, Ikeya optou por um sistema em que é possível a aplicação do filme C-41, facilmente encontrado nas lojas, em vez do filme ECN-2, mais caro e de uso profissional. Isso garante uma produção mais barata.
Com informações de Peta Pixel e Yuta Ikeya