A OpenAI está prestes a lançar um buscador com inteligência artificial (IA) para competir com o Google, indicam rumores. De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, o anúncio da empresa por trás do ChatGPT deve acontecer nesta segunda-feira (13), apenas um dia antes da conferência Google I/O, que reúne programadores para discutir soluções e inovações. Neste ano, é esperado que o evento foque nos modelos de IA do Google, como o Gemini. A ferramenta da OpenAI pode colocar em risco a hegemonia da gigante tecnológica no mercado.
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‘Google do ChatGPT’: o que se sabe até agora
Os rumores sobre o novo mecanismo de busca da OpenAI começaram a circular no início do mês, com site Bloomberg noticiando que a empresa estava desenvolvendo uma ferramenta para competir com o Google. Segundo o jornal, o software será integrado ao ChatGPT e incluirá citações. As alegações também foram corroboradas pelo The Information, que apurou que o buscador da OpenAI será parcialmente alimentado pelo Bing, da Microsoft.
Vale lembrar que a OpenAI já tentou implementar acesso à internet no ChatGPT, por plugins. No entanto, o recurso foi retirado da plataforma a fim de favorecer os GPTs, que são ferramentas criadas por usuários para aprimorar o GPT-4. O novo buscador pode ser um aprimoramento relevante para a plataforma, permitindo que a IA pesquise em tempo real e dê respostas mais precisas.
Desde o lançamento do ChatGPT, em 2022, o chatbot tem sido usado pelos usuários para buscar informações sobre diversos assuntos. No entanto, por mais atrativa e conversacional que a ferramenta seja, é evidente que ela falha em entregar informações atuais de forma precisa. Assim como todos os outros modelos de linguagem disponíveis, o ChatGPT pode apresentar alucinações de IA, ou seja, quando o chatbot não tem recursos para responder a um questionamento e inventa uma informação para não deixar o usuário sem resposta.
O novo buscador da OpenAI vai conseguir competir com o Google?
Mesmo que estes rumores não se tornem realidade, o Google já está ciente que seu reinado pode estar ameaçado. De acordo com a CNBC, o chefe de busca do Google, Prabhakar Raghavan, afirmou em uma reunião recente que as pessoas usam o mecanismo de busca por ter confiança na empresa. Porém, caso surja uma nova realidade no mercado, é importante que o Google tenha uma reação rápida.
Raghavan disse ainda que, no momento, os usuários são atraídos por novas ferramentas, mas ainda recorrem ao Google para verificar se uma informação é verdadeira, pois consideram que o buscador entregará fontes confiáveis. No entanto, essa realidade pode mudar, especialmente com o avanço de novas tecnologias com inteligência artificial.
Um dos objetivos da OpenAI é construir essa confiança junto aos usuários. A empresa está, inclusive, tentando recrutar funcionários do Google para trabalhar em seu mecanismo de busca, afirma o The Verge.
Além de ter que lidar com a crescente concorrência, o Google enfrenta uma batalha contra o Departamento de Justiça americano, que alega que a empresa fez acordos anticompetitivos com a Apple e outras organizações para conseguir um posicionamento privilegiado do seu mecanismo de busca. O julgamento, que atua sobre o direito da concorrência (antitruste), é o maior na área de tecnologia desde a década de 1990. Em sua defesa, o Google argumenta que seu domínio do mercado é resultado de um produto superior.
Com informações de The Verge 1 e 2, Bloomberg, The Information e CNBC.
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