Drivers estão entre os componentes que mais influenciam na qualidade sonora de fones de ouvido. A unidade funciona como uma espécie de alto-falante em miniatura e é responsável por criar e guiar o som dentro do dispositivo, transformam os sinais elétricos em som. Seja em fones Bluetooth ou em headsets gamer, estas pequenas peças são essenciais para garantir uma boa experiência, e fatores como quantidade, qualidade de construção e material dos drivers podem interferir bastante na qualidade de som dos acessórios.
Diferentes modelos de fone com tipos distintos de drivers estão disponíveis no mercado. Uma das maiores inovações no setor é o grafeno, material que promete revolucionar o segmento auditivo. Para entender melhor sobre o assunto, confira o guia a seguir e saiba o que são drivers e como eles atuam em fones de ouvido.
O que são drivers no fone de ouvido?
Também conhecidos como transdutores, os drivers em fones de ouvido são responsáveis por converter os sinais elétricos em som. Como dito anteriormente, eles se assemelham a pequenos alto-falantes que vibram e conduzem o som para dentro do canal auditivo.
Um driver é formado por três componentes que possuem funções específicas na criação do som. São eles os imãs, as bobinas de voz e os diafragmas. Geralmente feitos de cobalto ou ferrite, o imã é responsável por criar um campo magnético. A força gerada pelo campo é capaz de impactar positivamente na qualidade de som gerada pelo drive. Ímãs mais fortes resultam em uma melhor cobertura de frequência.
As bobinas de voz têm como função principal entrar em contato com o diafragma para estimular a vibração em sua superfície. Isso acontece cada vez que uma corrente elétrica passa pelas bobinas. Dessa forma, elas são capazes de converter sinais elétricos em som. Já os diafragmas, quando impulsionados pela interação com as bobinas, têm a função de converter vibrações mecânicas em som que possa ser captado pelo ouvido humano. Geralmente, possuem uma membrana fina de vários materiais com bordas suspensas para permitir a vibração.
Como os drivers afetam a qualidade do som?
Um driver utilizado em fones de ouvido ou em um headset pode ter entre 8 mm e 50 mm de diâmetro. O tamanho do componente está relacionado ao volume que ele é capaz de produzir, no entanto, não é necessariamente proporcional à qualidade de som por ele gerado, ou seja, um driver maior não produz automaticamente um som melhor. Unidades maiores têm uma predisposição física a produzir graves mais limpos, porém encontram barreiras na reprodução de frequências mais agudas.
Da mesma forma que drivers maiores não garantem uma qualidade de som melhor, a quantidade de drivers utilizados em um dispositivo também não produzem necessariamente uma qualidade de som elevada. Mesmo que fones de ouvido com diversos drivers utilizem cada um deles para operar em uma faixa específica de frequência, a qualidade sonora por eles alcançada tende a ser pior do que o desempenho produzido por um único grave de qualidade.
Em resumo, nem o tamanho de um driver nem a quantidade utilizada garantem necessariamente um som melhor em fones de ouvido. Fatores como qualidade de fabricação e materiais empregados são mais incisivos neste quesito. O grafeno, material composto de átomos de carbono, atualmente é a matéria-prima mais avançada atualmente para a construção de componentes eletrônicos, dentre eles os drivers. Eles são muito finos e altamente resistentes, prometendo, assim, o melhor aproveitamento em termos de condutores.
Quais são os principais tipos de drivers?
A qualidade do som reproduzido por fones de ouvido e headsets está ligada de maneira mais direta ao tipo de driver utilizado nos dispositivos do que a fatores como quantidade e tamanho. Confira, a seguir, os principais drivers utilizados na maioria dos modelos do mercado.
Drivers dinâmicos
Seu baixo custo e capacidade de alcançar uma ampla gama de frequência leva os fabricantes a optarem por drivers dinâmicos na fabricação da maioria dos modelos de fones de ouvido e headsets. Esses componentes contam com um imã, geralmente um neodímio, uma bobina de voz e um diafragma.
Quando o sinal elétrico é aplicado à bobina móvel, a interação entre os campos magnéticos faz com que a bobina se mova para frente e para trás, empurrando o diafragma para produzir ondas sonoras. A variação na corrente elétrica determina a frequência e a amplitude das vibrações do diafragma, o que resulta na produção de diferentes sons.
Por conta da sua capacidade de deslocar o ar, o driver dinâmico costuma criar uma boa resposta no que diz respeito a frequências graves. No entanto, tende a distorcer o áudio quando exigido em altos volumes.
Drivers planar magnéticos
Geralmente utilizados em fones abertos, os drivers planar magnéticos são construídos com uma tecnologia alternativa à dos drivers dinâmicos mais comumente usados. Em vez de acionar bobinas de voz, o campo magnético ativa diretamente o diafragma para gerar som, o que pode gerar uma resposta de frequência mais ampla.
Além disso, os fones planar magnéticos são capazes de produzir um som mais nítido e detalhado, com uma melhor separação de instrumentos e uma reprodução mais precisa de nuances musicais.
Drivers magnéticos geralmente exigem amplificação mais potente devido à sua baixa eficiência, e eles tendem a ser mais caros de produzir em comparação aos drivers térmicos tradicionais. Por isso, eles são frequentemente encontrados em fones de ouvido de alta fidelidade e audiófilos, onde a qualidade do áudio é uma prioridade.
Drivers Eletrostáticos
Ao contrário dos drivers dinâmicos e planar-magnéticos, que usam campos magnéticos para gerar som, os drivers eletrostáticos empregam campos elétricos, que criam vibrações que fazem com que o diafragma empurre e puxe contra as placas condutoras (eletrodos) entre as quais está localizado.
Uma vantagem dos drivers eletrostáticos é a capacidade de reproduzir com precisão os detalhes musicais mais sutis. Eles são conhecidos por sua resposta de frequência ampla e linear, oferecendo uma reprodução sonora equilibrada em todas as faixas de frequência.
No entanto, os fones de ouvido com drivers eletrostáticos também têm algumas considerações. Eles geralmente fornecem amplificação dedicada de alta voltagem para fornecer a carga elétrica necessária aos eletrodos estatores. Além disso, esses fones de ouvido tendem a ser maiores, mais caros e menos comuns no mercado em comparação com os fones de ouvido com drivers aquecidos ou planar-magnéticos.
Drivers de armadura balanceada
Geralmente encontrados em fones de ouvido intra-auriculares, os drivers de armadura são pequenos em relação aos dinâmicos. Por conta de seu tamanho, os fabricantes colocam geralmente quatro deles em um único fone.
Em um fone de ouvido com múltiplos drivers de armadura balanceada, cada microdriver é sintonizado para reproduzir uma determinada faixa de frequência, como graves, médios ou agudos. Assim, eles são combinados em um único fone de ouvido para fornecer uma resposta de frequência ampla e precisa.
A vantagem dos drivers de armadura balanceada é que eles oferecem uma reprodução sonora detalhada e precisa, com uma boa separação de instrumentos e uma resposta de frequência equilibrada. No entanto, é importante observar que os fones de ouvido com drivers de armadura balanceada geralmente têm um número limitado de micro drivers, o que pode resultar em uma faixa de frequência menos ampla em comparação com outros tipos de drivers.
Qual tipo de driver escolher?
Como vimos anteriormente, cada driver possui valores e características próprias. Dessa forma, optar por um deles é uma decisão que deve levar consideração tanto a necessidade que se pretende atender quanto o custo-benefício de cada opção.
Se você está procurando um headset voltado para jogos, o ideal é escolher modelos que usem drivers dinâmicos. Esse tipo de drive é popular na comunidade dos gamers por oferecer uma resposta de grave poderosa e uma reprodução de som imersiva.
Um exemplo de headset com driver dinâmico que oferece um bom custo-benefício é o HyperX Cloud Stinger. Trata- se de um headset acessível, mas que oferece uma qualidade sonora decente e recursos adequados para jogos. Seus drivers dinâmicos de 50 mm fornecem uma resposta de graves satisfatória e uma reprodução sonora imersiva. O modelo está disponível por R$ 159 na Amazon.
pequeno
HyperX Stinger Core HX-HSCSC2-BK/WW
R$ 399,00
Já quem procura fones de ouvido que ofereçam uma resolução sonora mais precisa, com detalhes minuciosos e separação de instrumentos, os drivers planar magnéticos podem ser ideais. No entanto, esses aparelhos costumam ser mais caros, muitas vezes destinados aos profissionais do áudio. Dentro desse cenário, uma opção interessante é o headphone M1060 da Monolith, que conta com drivers magnéticos de 106 mm. Seus drivers magnéticos planares são conhecidos por sua capacidade de reproduzir com precisão uma ampla faixa de frequências e oferecer um som detalhado. O produto pode ser encontrado na Amazon por R$ 2.029.
106 mm
Monolith M1060
R$ 2.897,77
Outras especificações que interferem na qualidade do som
Além dos drivers, outras especificações interferem de maneira sensível na qualidade de som reproduzido em fones e headsets. Uma delas é a impedância , que funciona como inibidor de ruídos provenientes de cargas elétricas que circulam nos dispositivos. Medido em ohms (Ω), esse parâmetro busca auxiliar na reprodução de um áudio limpo, livre de interferências.
A qualidade sonora também pode ser impactada pelo formato em que o áudio está codificado, ou seja, o codec utilizado. Existem diferentes tipos de codecs que podem afetar de forma positiva a qualidade de som reproduzida em fones de ouvido. Dentre eles, destaca-se o FLAC. Esse formato é projetado para transmitir áudio de alta resolução, sem perdas de dados.
Com informações de Tao Tronics, Make Tech e Head Honesty
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