Proteger os dados contidos no celular é uma preocupação frequente, já que os dispositivos acumulam informações importantes, como dados bancários, registros de atividades pessoais, fotos e conversas íntimas. Atualmente, pessoas mal-intencionadas podem se utilizar de diferentes artifícios para conseguir acesso a esses dados, seja por meio de stalkerwares, clonagem de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, ou invasão da rede Wi-Fi.
Os dados expostos podem ser utilizados para diferentes fins, desde o envio de publicidade direcionada sem autorização até extorsão e roubo de dinheiro. Com base nisso, o TechTudo preparou uma lista com cinco formas de espionagem de celular e importantes dicas de segurança para se proteger e deixar seus dados seguros no Android e no iPhone (iOS).
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1. Stalkerware e apps espiões em geral
Aplicativos espiões, chamados de spywares ou stalkerwares, são instalados no celular da vítima sem o seu conhecimento com o objetivo de rastrear todas as suas atividades. Os criminosos podem ter acesso ao histórico de localização do aparelho, mensagens SMS e conversas em redes sociais e até áudios e vídeos gravados com microfone e câmera do celular, sem que o usuário perceba. Além de serem usados por bandidos, esses aplicativos também são comumente utilizados por parentes controladores e parceiros ciumentos que querem ter total vigilância na vida do cônjuge.
Embora esses aplicativos ajam de forma silenciosa no smartphone, já que são instalados de forma camuflada no sistema, é possível descobrir se o celular está sendo monitorado. Entre os indícios de invasão, estão o alto consumo de dados móveis, envio e recebimento de mensagens desconhecidas, diminuição da autonomia da bateria, publicidade inesperada na tela e o aparecimento de ruídos e vozes durante ligações telefônicas.
Para evitar uma invasão, é preciso usar senhas seguras, evitar deixar o celular desbloqueado com outras pessoas sem supervisão, bloquear a instalação de aplicativos de fontes externas e manter o antivírus do smartphone sempre atualizado.
2. WhatsApp clonado
Uma das formas mais comuns de tentativa de fraude nos celulares é a clonagem do WhatsApp. Neste método, os bandidos usam o código de verificação enviado pelo mensageiro ao usuário para ter acesso às conversas. Geralmente, a vítima cede essa numeração por meio de mentiras envolvendo anúncios de vendas na web. Com o código em mãos, os criminosos têm acesso a todas as conversas do usuário e, geralmente, entram em contato com os contatos recentes para pedir dinheiro, se passando pela vítima.
Para se proteger, esteja atento a atividades estranhas na sua conta, verifique com frequência as sessões ativas do WhatsApp Web nas configurações do app, evite usar versões "turbinadas" do mensageiro, como GB WhatsApp, e ative a verificação em duas etapas no aplicativo.
Caso seu WhatsApp tenha sido hackeado, entre em contato com a operadora para solicitar a suspensão da linha telefônica e procure transferir o número para outro chip. Também é necessário enviar um e-mail para o suporte do WhatsApp (support@whatsapp.com) para solicitar o bloqueio da conta clonada até que você consiga recuperá-la.
3. Dar permissões em excesso a apps
É comum aplicativos pedirem permissão para exercer diversas atividades no celular durante o uso. No entanto, algumas pessoas agem por impulso e acabam concedendo acesso a informações mesmo sem ler o que o app acabou de solicitar, abrindo brecha para a exposição de dados sensíveis. Entre as concessões solicitadas, estão a localização do usuário, o acesso às fotos e a gravação de áudios por meio do microfone do celular ou de vídeos usando a câmera.
Desconfie se um aplicativo solicitar algo que ele não precisa para realizar suas funções. Um aplicativo de edição de fotos, por exemplo, não precisa ter acesso à sua localização, o que pode levantar suspeitas sobre os interesses desse app. Caso queira checar quais softwares possuem essas permissões, acesse as configurações do sistema para revogar o acesso a esses dados.
4. Usar rede Wi-Fi pública suspeita
Diversos estabelecimentos oferecem Wi-Fi grátis, como hotéis, shoppings, restaurantes e aeroportos. No entanto, é preciso ficar atento a essas conexões, já que elas ficam mais expostas que uma rede caseira. Sempre que possível, prefira utilizar a rede 3G ou 4G quando estiver fora de casa, especialmente se for utilizar aplicativos de bancos ou realizar transações bancárias no navegador, pois as conexões sem fio públicas podem ser frágeis no quesito segurança, principalmente quando não têm senha. Ainda que seja possível que ladrões invadam a rede móvel, não será tão fácil como no Wi-Fi.
Caso queira utilizar uma conexão sem fio pública, cheque o nome oficial da rede junto ao estabelecimento e tenha cuidado ao preencher formulários que liberam o sinal. Por mais que esse cadastro garanta que a rede é confiável, é preciso ser cauteloso para não fornecer dados pessoais sensíveis sem necessidade.
5. Notificações na tela de bloqueio
O recebimento de notificações na tela do celular em ambientes externos pode revelar informações sensíveis caso o celular esteja nas mãos de outra pessoa. Até mesmo o aparelho bloqueado sobre uma mesa pode deixar à mostra dados pessoais como o banco usado pelo dono do smartphone ou até chats privados em um mensageiro.
Para evitar a exibição desses dados, é possível limitar o envio de notificações na tela bloqueada. O Android permite desativar todas as notificações ou ocultar apenas o conteúdo das mensagens, para que o usuário seja notificado, mas ninguém veja os detalhes do alerta. O iPhone também possibilita que o usuário desative a exibição dos recursos na tela bloqueada ou apenas oculte o conteúdo das notificações.
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